Embora o Brasil seja um dos países com maior concentração de
água potável do mundo, ao mesmo tempo sofremos a maior crise de distribuição de
água. A falta de infraestrutura nos leva a ter sérios problemas que, se
não sanados, se tornaram cada vez mais críticos. Noticiários mostrando a
situação da distribuição de água, principalmente no sudeste, têm sido cada vez
mais corriqueiros. Os reservatórios estão secando, tanto por falta de chuvas
quanto pela falta de planejamento dos governos competentes. Medidas corretivas
estão sendo tomadas, mas que prejudicam a população deixando-os dias sem água,
com o sistema de revezamento adotado pelo governo estadual. Casos de dengue
aumentaram consideravelmente no país por causa do armazenamento que as pessoas
estão fazendo, deixando água parada sem a devida segurança. Para termos uma
comparação, só no estado de São Paulo, 1.883 casos da doença foram confirmados
de acordo com a secretaria de saúde. No Brasil esse número já ultrapassou os
224 mil casos segundo o Ministério da Saúde.
A
lei nº 11.445/2007 nos garante o acesso
ao saneamento básico previsto em constituição, com os serviços
de acesso à água potável, à coleta e ao tratamento dos esgotos tão importantes
para o combate à mortalidade infantil, melhorando a agricultura e a renda do
trabalhador, na expansão do turismo, valorização de imóveis, importantes para a
preservação e restauração dos rios poluídos. Porém, analisando as estatísticas
e os estudos, nos deparamos com um estado alarmante no Brasil. Devido a essa
falta de saneamento básico, segundo o Instituto Trata Brasil, o Brasil registra
milhares de casos de internação por diarreias todos os anos (400 mil casos em
2011, sendo 53% de crianças de 0 a 5 anos). Outro estudo do BNDES estima que
65% das internações em hospitais de crianças com menos de 10 anos sejam
provocadas por males oriundos da deficiência ou inexistência de esgoto e água
limpa, que também surte efeito no desempenho escolar, pois crianças que vivem
em áreas sem saneamento básico apresentam 18% a menos no rendimento escolar.
Depois
que a lei de 2007 foi aprovada, a responsabilidade de abastecer a população com
água tratada e potável, coleta e tratamento de esgoto, limpeza urbana, manejo
de resíduos sólidos e drenagem das águas pluviais é dos três níveis de governo
(Municipal, Estadual e Federal) que possuem a obrigação em planejar e executar
esses serviços básicos. Mesmo 82,5% da população brasileira tendo acesso à água
potável no Brasil, só 42,6% tem acesso, por exemplo, à coleta de esgoto.
Doenças como a Leptospirose e amebíase tem preocupado a saúde no país,
principalmente no estado do Amazonas, onde existem os piores acessos ao
saneamento básico e um dos estados brasileiros que mais de tem perda de água,
segundo o Sistema Nacional de informações sobre Saneamento (SNIS) de 2013.
De
acordo com a World Water Development Report 2014, Water and Energy (UNESCO),
768 milhões de pessoas no mundo ainda não tem acesso a uma fonte de água
potável e a expectativa é de que, até 2050, apenas 40% da população mundial
tenha acesso a uma área com pouca água tratada, atingindo diretamente a
agricultura.O desperdício mundial é o mais alarmante quando vemos que mais de
80% da água usada no mundo ainda não é coletada e nem tratada.
Ainda
no Brasil, o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) acredita que para
universalizar o acesso aos quatro serviços do saneamento (água,
esgotos, resíduos e drenagem) serão precisos de R$ 508 bilhões, no período
de 2014 a 2033.
Fontes:
http://www.brasil.gov.br/saude/2015/03/cidade-de-sao-paulo-tem-1-883-casos-de-dengue-e-uma-morte-confirmados
http://www.brasil-economia-governo.org.br/2014/04/23/por-que-o-brasil-esta-correndo-risco-de-racionamento-de-energia-eletrica/
http://www.tratabrasil.org.br/lei-do-saneamento
http://www.tratabrasil.org.br/saneamento-no-mundo
http://www.tratabrasil.org.br/o-que-e-saneamento
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